Sempre em busca...
Monday, October 01, 2007
Espelho"Quem não tropeça na vida?
Quem não perde na vida?
Quem não chora na vida?
Quem não desanima na vida?
Sofro não por deleite, mas por ensejo...
Descobri a lágrima que a muito não vejo...
Meu peito sofre por esse novo desejo...
De não chorar, de impedir o desespero...
Cansei de frear a tristeza minha...
Ela faz parte de mim, me corroi...
Sofro, choro, e como isso dói...
Mas estou a buscar a mina...
A origem das dores, dos horrores...
Onde se esconde essa fonte...
De lágrimas, de medo, de dissabores...
Para cessar meu desespero...
Descobri que a felicidade não está no amor...
Descobri que ser feliz também machuca...
Descobri que desejar o amor é uma dor...
Descobri que o amor existe em mim...
É minha cura...
Desejei ser amada, acredito que fui...
Mas mesmo nesse momento fatídico, a vida não se conclui...
Ainda não acertei as contas com os deuses...
Mas aprendi que doação não paga amor...
Vi meus amores aos mares...
E meu coração com a dor...
Então a violência se completa...
A alma se esvaiu nas cinzas...
Mas e só agora vejo...
O que sobrou de meu corpo e beijo...
Estou eu cá, livre no escuro...
Pela primeira vez abri os olhos...
Posso ver o infortúnio...
Eu e meu coração vazio...
A vida sufoca...
A morte suprime...
A vida nos mata...
A morte em nós vive!
Somos o que nos tornamos no espelho...
E não nos corações amargurados...
As almas solitárias mendigam por flores de cemitérios...
Enquanto nobres amores arrotam contos de fadas hipócritas.
Em nenhum momento nos prometeram sorrisos eternos...
Mas nos fizeram acreditar que somos aquilo que nunca seremos...
E assim nos frustramos naquilo que não podemos.
A morte dos amores...
Começa no nascer dos ardores...
Procriando os dissabores...
De uma vida corrompida pela novela...
Podre e bela.
Agora grito ao meu passado...
Pelas dores do futuro...
Encontro retratos de sagrados impuros...
Que viverei em meus anos infortúnios.
Sou o carvão que nunca desejei ser...
Um diamante vive suprimido, sofrido...
Esperando que um belo príncipe o encontre a tempo de ainda suspirar...
Mas no momento, choro, grito e suplico...
Me amem a qualquer custo!
Do jeito que escolhi ser...
E não por o que posso poder.
Um mistério ...
Ou todos...
Vivemos todos esses segredos...
Não desejo viver amores mornos...
Que não mexa com meus desejos...
Sonho com o mundo dentro do meu peito...
Desejo todo esse mundo...
Como um grande feito...
Mas estou renascendo agora...
Reaprendendo a sentir amor, dor, choro e glória...
Meu sorriso está a se restituir...
Meu mundo está a se destruir...
Descronstrução eterna...
Meu fim, talvez, esteja logo ali...
Meu início..."
Até mais ver
Qual o seu caminho? Diz Ai....
1 Estradas: